Ascenção do Senhor

             Ascensão: Subida aos Céus. É, pois, o que contemplamos neste dia: após pregar, curar, morrer, ressuscitar e enviar aos apóstolos o Espírito Santo, Cristo sobe aos céus na presença de todos depois de ter dado instruções pelo Espírito Santo, aos apóstolos que havia escolhido (At 1,2). Recebendo o Espírito Santo para serem testemunhas de Jesus, receberam a missão de fazerem ressoar a palavra de Deus até os confins da terra: evangelizando, curando e fazendo o bem em nome de Cristo, para que todos crescem que verdadeiramente Ele é o Senhor. Depois de ter dado todas as instruções, Jesus foi levado ao Céu, na vista deles. Uma nuvem o encobriu, de forma que seus olhos não podiam mais vê-lo. Os apóstolos continuavam olhando para o céu enquanto Jesus subia. Apareceram então, dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: “Homens da Galiléia, por que ficais aqui, parados, olhando para o céu? Esse Jesus que vos foi levado para o céu, virá do mesmo modo como vistes subir.” (At 1, 9-11). Voltando para o reino que lhe é próprio, Cristo nunca nos abandonou. Deixou-nos suas mensagens, seus representantes, seu próprio corpo e seu próprio sangue, através da eucaristia que ele mesmo instituiu, e que celebramos em sua memória. O Cristo verdadeiramente ascende ao céu e está sentado à direita de Deus Pai todo poderoso, de onde há de vir julgar os vivos e os mortos, é o que rezamos no creio e que de fato ocorre. Sendo Deus, mesmo nos céus, Cristo está entre nós.

    Também nós seremos elevados para junto do Pai e assim, desfrutarmos da glória de Deus- glória esta que já nos pertence, por Jesus Cristo. O Cordeiro sem mancha ofereceu sua vida pelos seus, não reclamou em cessou, “ofereceu as costas para lhe baterem e a face para arrancarem-lhe a barba. Não desviou o rosto de bofetões e cusparadas.” (Is 50, 6) “Por isso, Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é acima de todo o nome; Para que, ao nome de Jesus, se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, na terra, e debaixo da terra. E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.” (Fl 2, 9-11)- O Pai o glorificou, ressuscitou-o dos mortos e o elevou ao mais alto grau- “Jesus respondeu: Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada; quem me glorifica é meu Pai, o qual dizeis que é vosso Deus” (Jo 8,54). O sim de Cristo ao plano de salvação de Deus, doando sua própria vida por aqueles que nem sequer o acolheram, resultou no agrado total do Pai (sacrifício agradável a Deus é o sacrifício do seu filho, que ocorre em toda santa missa) e por conseqüência deste, revelando sua verdadeira identidade: Cristo é Deus. Também as manifestações mostradas por ele, tomando como exemplo sua elevação ao céu, nos comprovam isso. Enquanto na liturgia deste dia contemplamos esta gloriosa subida de Cristo aos céus, onde está à destra do pai, peçamos a Deus força para continuar a missão nos deixada por seu filho: evangelizar- fazer ressoar a palavra de Deus até os confins da terra, enquanto aguardamos sua segunda vinda.