Os sete pecados da liturgia
1- Falta de preparação da celebração por julgá-la comum e desnecessária;
O pensamento de dominação daquilo que se celebra é o orgulho que não permite o planejamento da celebração, seja ela eucarística ou da palavra. No improviso não sai nada de bom, e, se sai, com ensaio seria melhor ainda. Portanto, uma reuniãozinha e um ensaiozinho não mata ninguém...
2- Fazer o que se gosta, não o que se pede;
O gostinho por aquele canto ou aquele pano, ignoram o mistério que se celebra no dia consagrado a Deus, e não a mim. Assuste-se ao saber que há pessoas que não socegam até verem a igreja do gosto delas, se não houver quem as controle. Uns podem até achar bonito, mas sairão secos do verdadeiro sentido que os trouxe, no qual tudo deve estar voltado e ligado, sem dar “fugidinhas”;
3- Cantar “na liturgia” em vez de, corretamente, “a liturgia”;
Quando o canto não fala pela liturgia, o pecadinho é mortal. A escolha dos cantos bem como a participação no ensaio dos mesmos prepara os animadores não só para cantarem bonito, mas para cantarem bem. Nada de enfeites e gritinhos, hein! Não esqueça que está cantando A liturgia, e não cantando NELA, como quem cai de pára-quedas na celebração cantando aleluias na quaresma.
4- Hoje é dia de quê mesmo?
Há pessoas que chegam em uma missa de domingo de páscoa sem nem mesmo saber o que festeja. Mais triste ainda é que essas pessoas podem ser da própria liturgia da igreja. Esses desinformados deixam claro que não se prepararam nem plantaram a semente em si daquela solenidade e celebrarão com o entusiasmo de um domingo qualquer.
5- Querer ser a luz da festa;
Não é novidade dentro da igreja que há pessoas que querem brilhar mais que o próprio Cristo. Isso fica claro quando a atitude dessas pessoas deixa de ser litúrgica para ser teatral. Que eu desapareça para Cristo aparecer! - lembre-se disso.
6- Parabéns pra você, dentro da celebração?
O foco total da celebração se perde quando Cristo deixa de ser o centro para que outras pessoas sejam homenageadas. Parabéns pra você, é benção sobre bênção, e outros jingles devem ser poupados para uma ocasião mais propícia, quem sabe após a missa?;
7- Folia de reis dentro da igreja
O exagero na entrada de objetos, danças para cá, fogo para lá e incenso para cima trás uma idéia de uma celebração dentro de outra, onde a fé do povo é dependente dos símbolos e dos carnavais e o rito deixa de ser o do missal para ser o organizado pelo "rei do baião".